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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Congresso derruba veto e mantém pena para divulgação de ‘fake news’ eleitoral Fonte: Agência Senado

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional destinada à deliberação de 14 vetos (15 a 28/2019); do PLN 5/2019 (LDO 2020) e PLN 18/2019 (Crédito suplementar); do PRN 3/2019 (mudança na tramitação de MPs); e dos PLNS 6, 7 e 8/2019.  Em pronunciamento, à bancada, senador Humberto Costa (PT-PE).  Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O Plenário do Congresso Nacional recuperou nesta quarta-feira (28) o trecho do Código Eleitoral que criminaliza a disseminação de denúncias caluniosas contra candidatos em eleições. Os parlamentares derrubaram o veto presidencial (VET 17/2019) sobre o dispositivo da Lei 13.834, de 2019 que tipifica essa conduta. A sessão continua com a votação de outros 10 vetos, que foram destacados para análise individual.

A lei estabeleceu como crime no Código Eleitoral (Lei 4737, de 1965) a instauração de investigação, processo ou inquérito contra candidato que seja sabidamente inocente. A pena é de dois a oito anos de prisão, além de multa. O texto original da lei estendeu a mesma punição a quem replicar a denúncia.

Essa segunda parte havia sido vetada com o argumento de que a conduta de calúnia com objetivo eleitoral já está tipificada em outro dispositivo do Código Eleitoral. Nesse caso, a pena é de seis meses a dois anos. O Executivo afirmou que, ao estabelecer punição maior, a nova lei violava o princípio da proporcionalidade.

O senador Humberto Costa (PT-PE) foi um dos que defenderam a derrubada do veto. Ele disse que é preciso se posicionar contra a "prática criminosa" de ataques à reputação de pessoas e instituições. Para o senador, ou o Brasil "combate de vez" as "fake news" ou será vítima de “um processo de autoritarismo nunca visto em nossa história”.

— Quem inventa notícia falsa, quem faz o processo de destruição de reputação sabendo que está propagando mentiras, tem que ser severamente punido.

Fonte: Agência Senado

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