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segunda-feira, 27 de maio de 2019

Empresa de flores aposta no turismo em Ubajara

VISITANTES pagam para fazer um tour e conhecer a produção de rosas da empresa

A empresa Swart Rosas, instalada em Ubajara, microrregião da Ibiapaba, investiu R$ 200 mil em projeto que inclui setor turístico e nova linha de produtos aromaroterapêuticos a partir das flores. Além da ampliação do mix, a meta é somar com a experiência de consumo, com a visitação guiada de todo o ciclo produtivo das rosas.

O turista percorre as estufas para acompanhar as etapas de plantio, preservação, controle de qualidade e armazenamento antes de chegar às vitrines das floriculturas. As plantas que não são vendidas por questões de padronização estética da marca são reaproveitadas para compostagem e criação desses novos produtos, comercializados no Espaço Swart Aromas, dentro do complexo.

Dentre os produtos, estão óleos, perfume botânico, difusor para ambientes, água de lençóis, aromatizantes e sais de banho. Os valores variam de R$ 15 a R$ 45. Já a visitação, que integra a rota turística Mirantes da Ibiapaba, idealizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), custa R$ 25. Além do percurso, o visitante pode optar por uma oficina de buquês ou escalda-pés. "A meta do projeto é um ganho semanal de R$ 20 mil", projeta Theodoro Jacob Swart, presidente da empresa.

O objetivo é alcançar os consumidores do Piauí, estado vizinho que impulsiona o fluxo turístico da região. "É uma demanda dos próprios visitantes, que buscam por novas experiências", aponta. Para a turista da Parnaíba, Alana Frazão, 57, o projeto possibilita novas vivências. "Sempre venho para cá e ter essa opção, é surpreendente. Mostra um Ceará além das praias", diz.

Atualmente, 15% da produção de rosas do negócio é enviado para o Pernambuco e Piauí. Os outros 85% vão para Holambra, em São Paulo, por meio da cooperativa Veiling. A produção dispõe de três variedades de rosas: amarela (déjavu), rosa (sweet memory) e vermelha (ipanema). A empresa possui oito hectares de estufas, com produção anual de 6 milhões de hastes de rosas e possui 101 funcionários.

Há 15 anos no mercado, as exportações não estão nos planos do empresário. Segundo Theodoro, o mercado interno tem forte potencial e a tendência é explorá-lo mais. "Inclusive, existe a compra de rosas colombianas, porque chega a faltar produto no Brasil", diz.

Ocorre que a venda para fora de flores e plantas ornamentais declinaram 831% na última década, conforme levantamento do Observatório da Indústria, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), com dados da Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Em 2009, as exportações movimentaram R$ 3.576.404. Já em 2019, a cifra até abril deste ano, ficou em R$ 33.297. Em 2018, as vendas totalizaram R$ 185.943.

*O Povo ONline

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