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segunda-feira, 30 de maio de 2016

"Lôra" candidata, E agora, Camilo?


Com o título “O fator Camilo”, eis artigo do jornalista Ícaro Coriolano sobre a decisão do PT de Fortaleza de lançar a pré-candidatura de Luizianne Lins sem contar com o aval do governador Camilo Santana. Confira

A escolha da deputada federal Luizianne Lins como pré-candidata do PT à Prefeitura de Fortaleza revelou dois pontos importantes: a força que a petista ainda exerce sobre o partido e, do outro lado, a quase nula influência que o detentor do principal cargo no estado, o governador Camilo Santana, tem sobre o diretório municipal da sigla. A ponto de o chefe do Palácio da Abolição não ter conseguido sequer adiar o encontro do último sábado.

Contudo, não se pode dizer que Camilo não tentou interferir no resultado. A principal estratégia foi tentar se aproximar de nomes muito ligados à ex-prefeita. Primeiro convidou Elmano de Freitas para a liderança do Executivo na Assembleia, não obtendo êxito. Depois, colocou em seu secretariado Guilherme Sampaio e Acrísio Sena. Apenas o segundo virou fiel escudeiro. Ao mesmo tempo, seguindo a linha de seu antecessor Cid Gomes, protelou ao máximo o debate. Também não deu certo. Acabou atropelado pelos fatos.

Apesar da derrota, contudo, Camilo continuará a ter um papel central nessa disputa que promete ser super acirrada. Poderá virar o fiel da balança a depender da postura adotada na campanha. Por enquanto, o que se tem são muitas dúvidas.

Ignorará o PT e apoiará informalmente o amigo e aliado Roberto Cláudio (PDT)? Respeitará a decisão de sua legenda e atuará pela eleição de Luizianne Lins? Ou optará pela neutralidade diante de cenário tão delicado?

O certo, por enquanto, é que a entrada da petista dinamiza bastante a corrida pelo Palácio do Bispo, levando-se ainda em conta as novas regras eleitorais e a crise política que arrasta boa parte dos partidos.

*Ítalo Coriolano,
Editor-adjunto de Conjuntura.

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