Em São Gonçalo do Amarante, candidato cobra transparência sobre empréstimo dos R$ 100 milhões

O cenário eleitoral em São Gonçalo do Amarante ganhou contornos mais acalorados após o candidato a prefeito Cláudio Pinho, do PDT, questionar publicamente o atual prefeito, Marcelão, sobre o uso do empréstimo de R$ 100 milhões. Durante a inauguração de seu Comitê Central, na última quarta-feira, 4, e novamente neste sábado, 7, Pinho desafiou o gestor a esclarecer como os recursos foram aplicados. O pedetista, acompanhado de ativistas, fez o questionamento enquanto se deslocava para um evento no Residencial Anacetaba, na Lagoinha.

Marcelão, em contrapartida, respondeu de forma vaga em uma publicação nas redes sociais, produzida com a colaboração da juventude, sem fornecer detalhes específicos sobre o destino do dinheiro. A explicação recebeu duras críticas, especialmente da oposição jovem, que considerou a resposta insuficiente e acusou a gestão de falta de transparência.

Entre as alegações mais polêmicas, está a reforma do Novo ABC do Pecém. A gestão municipal afirma que o projeto foi realizado pela Prefeitura, o que foi prontamente contestado pela juventude oposicionista. Segundo os críticos, a obra foi, na verdade, conduzida pela MF Empreendimentos em troca de um terreno em área nobre da Vila do Porto. A estrutura, mantida pela Prefeitura e voltada para crianças e adolescentes esportistas, teria sofrido com um corte de energia no dia 23 de agosto, atribuído a uma falha de planejamento por parte do governo municipal.

No vídeo divulgado pela gestão, são destacadas outras obras, como a Praça do Fórum, a Rotatória do Pecém, o Mirante da Taíba, a Praça Planalto do Pecém, pavimentação em Anacetaba, a Praça do Croatá, a estrada da Tabuba e bancos de praça no Siupé. Entretanto, a oposição critica a falta de clareza sobre como os R$ 100 milhões foram distribuídos entre essas ações e acusa o prefeito de tentar atribuir a si méritos de construções realizadas por outros atores.

O embate entre as campanhas promete se intensificar à medida que o eleitorado cobra mais transparência e explicações detalhadas sobre o uso dos recursos públicos.