Anthony Fauci, médico da força-tarefa de combate ao coronavírus nos EUA: medicamento pode tornar-se 'tratamento padrão' para pacientes de Covid-19 - 22/04/2020 Jonathan Ernst/Reuters
Na Casa Branca, Trump e Fauci louvaram os primeiros resultados do estudo, em que 1.063 pacientes receberam remdesivir ou um placebo. O tempo de recuperação dos que receberam o medicamento foi em média de 11 dias. Os que tomaram placebo demoraram 15 dias.
“É uma prova de conceito muito importante porque demonstrou-se que o medicamento pode bloquear esse vírus”, disse Fauci. O médico, que tem fama de ser cauteloso quanto a supostas curas ou tratamentos para o coronavírus e que não endossou o uso da hidrocloroquina, expressou otimismo de que o remdesivir possa tornar-se “o tratamento padrão” para os pacientes de Covid-19, a doença causada pelo vírus.
A FDA, agência federal americana de controle de alimentos e medicamentos, deve emitir uma aprovação de emergência para a adoção do remdesivir no tratamento, segundo o jornal The New York Times. A droga, fabricada pela farmacêutica Gilead Sciences, pode tornar-se a primeira aprovada para a Covid-19.
Uma autorização de emergência da FDA não é o mesmo que uma aprovação formal. Apesar de nenhum medicamento ter sido comprovado eficaz contra o coronavírus, quando o governo federal declara uma emergência de saúde pública, o órgão pode aprovar certos medicamentos se não houver outras alternativas.
Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, estar em contato com o laboratório Gilead para acompanhar os seus estudos ainda em andamento sobre o remdesivir. O prório Gilead, segundo a Anvisa, considerou os resultados do estudo “limitados”, apesar de encorajadores. Ensaios clínicos estão sendo realizados e seus dados iniciais são esperados nas próximas semanas. Se positivos, a agência tomará as medidas para que o remédio chegue à população brasileira.
“Caso o benefício do medicamento se comprove, a Anvisa possui mecanismos, como anuência de uso em programa assistencial e priorização de registro, para garantir o acesso célere do medicamento à população”, informou a assessoria da Anvisa. O remédio não é ainda vendido no Brasil.
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