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domingo, 2 de fevereiro de 2020

Saúde Mental: precisamos falar sobre autocuidado


Viver sob situações de estresse e preocupação faz parte da rotina de muita gente. Milhares de brasileiros são submetidos diariamente a cargas excessivas de trabalho, desemprego, relações esvaziadas, pressões sociais entre outras angústias, levando esses a diversos transtornos que afetam diretamente a saúde do corpo e da mente.

Em dados divulgados no ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que cerca de 5,8% da população brasileira, o que equivale a 12 milhões de pessoas, sofre de depressão. Já em relação a transtornos de ansiedade, o Brasil lidera o ranking mundial com 9,3%, o que corresponde a 18,6 milhões de pessoas que sofrem de algum desses problemas.

Dessa maneira, o desgaste emocional e a falta de tempo para lidar com questões pessoais durante o cotidiano podem afetar diretamente na forma com que o indivíduo se relaciona consigo e com os outros.

Para a especialista em Saúde Mental e professora do Curso de Psicologia da UniAteneu, Elaine Marinho, é preciso despertar hábitos de autoconhecimento e práticas positivas que estimulem o autocuidado, objetivando qualidade de vida, autonomia e bem-estar.

“Cuidar de si ajuda a lidar melhor com as dificuldades que possam surgir, tentando desenvolver os aspectos menos fortalecidos, bem como melhorar os relacionamentos interpessoais. Isso engloba olhar para o corpo e mente, buscando se entender e perceber possíveis soluções para o que for necessário”, destaca a psicóloga.

Assim, ainda de acordo com Elaine, o autocuidado não significa estar “bem” o tempo inteiro, mas sim, considerar as situações agradáveis e desagradáveis da vida, atentar-se às causas e escolher agir ou não sobre elas, procurando se permitir a ser generoso consigo.

Considerando que autoestima e o autocuidado são palavras que caminham juntas no processo de valorização pessoal, a psicóloga enfatiza que algumas práticas são essenciais nesse processo, como: praticar exercícios físicos; ter uma vida social ativa e, se necessário, além das tecnologias; aprender a dizer “não” para o que não for bom para você; buscar momentos de descanso; e realizar atividades que lhe proporcionem momentos prazerosos.

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