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quarta-feira, 31 de julho de 2019

Sérgio Cabral é condenado outra vez e pena chega a quase 216 anos na 1ª instância


Sérgio Cabral durante entrevista sobre os protestos de 2013 — Foto: Reprodução Globo/News

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) foi condenado a mais 18 anos de prisão pelo juiz Marcelo Bretas, nesta terça-feira (30). É a 10ª condenação de Cabral na 1ª instância. Desta vez, ele foi julgado culpado na Operação Ratatouille, desdobramento da Lava Jato fluminense.

A ação denunciou pagamento de propina no fornecimento de merenda escolar e prisional. As condenações de Cabral na primeira instância agora chegam a 215 anos e 11 meses de prisão.

Luiz Carlos Bezerra, operador financeiro do ex-governador, também foi condenado. A pena é de 8 anos e 3 meses. O empresário do ramo alimentício Marco Antônio de Luca, dono da Masan e da Milano, também foi condenado a 32 anos.

Todos eles devem cumprir a prisão em regime fechado, mas De Luca e Bezerra estão soltos e recorrem em liberdade. Eles só podem ser presos se condenados em segunda instância.

A Ratatouille foi realizada em junho de 2017. De Luca foi acusado de pagar R$ 16,7 milhões em propina a Cabral entre 2007 e 2016. A Milano e a Masan, ligadas à de Luca, ganharam R$ 2,5 bilhões em contratos do governo do Estado na gestão de Cabral.

Ratatouile

O nome "Ratatouille" remete a um prato típico da culinária francesa e faz referência a um jantar em restaurante de alto padrão em Paris, na França, no qual estavam presentes diversas autoridades públicas do estado do Rio de Janeiro e empresários que possuíam negócios com o estado.

O empresário é um dos integrantes do grupo que fez uma comemoração de luxo com Cabral e outras pessoas vinculadas ao governo, além de empresários, em Paris.

O que dizem os citados

Em nota, a defesa de Cabral disse que vai recorrer, "em especial por não concordar com a pena aplicada". "De qualquer forma, a postura de auxiliar as autoridades será mantida", diz o texto.

A defesa de Carlos Bezerra disse que não leu a decisão e que, por isso, não pode comentar os fundamentos. Diz ainda que estudo qual recurso será manejado, embargos de declaração ou "apelação diretamente".

A Defesa de Marco Antônio de Luca afirmou que vai recorrer. "A sentença apresenta pontos que deverão ser esclarecidos por via própria, adequando a pena ao caso concreto. Certo do equívoco a defesa irá manejar o instrumento adequado".

*G1

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