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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Paulo César Norões: perdas e ganhos na formação da Mesa Diretora da Assembleia

(Reprodução)

O deputado José Sarto colocou na chapa para disputar o comando da Mesa Diretora os partidos que mais elegeram deputados. O critério da proporcionalidade sempre é o melhor formato para situações onde o ajuste do jogo político precisar ser feito sem muitas vítimas. Sarto conseguiu até mesmo uma meta importante, ceder dois dos sete lugares da Mesa à representação feminina.

No momento do anúncio da chapa liderada pelo Sarto Nogueira, estava lá a nata da oposição: Vitor Valim (PROS), Fernanda Pessoa (PSDB) e Renato Roseno (PSOL). Sarto disse: “a oposição é salutar, contribui para o bom debate. A oposição foi eleita para ser oposição”.

Já o deputado Audic Mota (PSB) perdeu seu lugar na Mesa, de primeiro secretário. O que mais revoltou o deputado não foi nem tanto ficar de fora, mas ver ascender duas deputadas de sua região política: Aderlânia Noronha (SD), de Parambu, e Patrícia Aguiar (PSD), de Tauá. Audic pode ganhar de consolo a presidência de uma comissão.

A voz de Camilo

Governador fez o presidente, o vice e o primeiro secretário da nova Mesa da Assembleia. Todos afinados com Ciro e Cid Gomes. A novidade é o novato Fernando Santana ocupando cargo de destaque. Esse, sim, ele pode chamar de seu. É o Cariri no centro do poder. A força do governador. Evandro Leitão é outro nome de Camilo na Mesa.

Coisa do passado

Sarto Nogueira justificou a presença de Patrícia Aguiar na 3ª Secretaria como uma forma de ampliar a participação feminina na Mesa. No entanto, a presença de Domingos Filho na mesa principal, junto com Zezinho Albuquerque, durante o anúncio, soou como uma sinalização das forças governistas de que as desavenças por conta da disputa pela presidência da Assembleia, em 2016, que culminou com a extinção do TCM, então presidido por Domingos, de fato já foram superadas.

Nova direção

Uma das regras previstas no estatuto do Partido Novo é o veto para que seus dirigentes assumam funções públicas, inclusive candidaturas. João Amoedo, por exemplo, teve que se afastar do comando nacional do partido ao sair candidato à Presidência. Agora, Amoedo reassume, enquanto seu vice, Moisés Jardim, que vinha lhe substituindo, sai para assumir a Secretaria de Finanças de São Paulo. Aqui no Ceará também tem mudança, mas, nesse caso, as razões são políticas mesmo. Jerônimo Ivo cede o comando do Novo ao empresário Geraldo Luciano. Que, aliás, tem seu nome especulado como candidato a prefeito de Fortaleza, em 2020.

Missão cumprida

Hélio Winston Leitão deixou a presidência da Agência Reguladora do Ceará com o sentimento do dever cumprido. Tornar a Arce mais conhecida da população, para ele, foi o ponto alto. Afinal, agências reguladoras são, por definição, órgãos de defesa do consumidor. A população, portanto, tem que fazer uso dessa ferramenta. O novo presidente, Fernando Alfredo Franco, é do mesmo naipe e tem amplas condições de manter o alto nível da gestão do antecessor. 


Fonte: Diário do Nordeste

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