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terça-feira, 1 de maio de 2018

Em reunião articulada pelo Dep Odorico Monteiro e Sindeletro, Presidente do Senado diz que não vai colocar na pauta de votação do Senado privatização da Eletrobras


O deputado Odorico Monteiro (PSB/CE), esteve em reunião com o presidente do Senado, que assegurou que não vai colocar na pauta de votação deste ano a Medida Provisória (MP) 814/2017 que prevê a privatização da Eletrobras. O compromisso foi assumido durante reunião com representantes de entidades sindicais do setor elétrico nacional. O encontro ocorreu no Gabinete da Presidência do Senado na noite da terça-feira (24/04) e foi articulado pelo Sindicato dos Eletricitários do Ceará (Sindeletro) e pelo deputado federal Odorico Monteiro, que se esforçou para abrir um espaço na agenda do senador Eunício para que ele recebesse o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE). A vice-presidente do Sindeletro, Joelbia Maia, participou da reunião.

Durante a reunião, o presidente do senado afirmou que a privatização da Eletrobras e de suas concessionárias necessita de mais tempo para ser debatida e que isso fica inviável tão próximo das eleições. O senador disse que espera que o tema seja pauta de discussão dos presidenciáveis com a sociedade antes de ser colocado para votação no legislativo. A Medida Provisória (MP) 814/2017 prevê a inclusão no Programa Nacional de Desestatização (PND) das empresas controladas pela Eletrobras, incluindo a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf). Na oportunidade, os representantes do CNE entregaram a Eunício Oliveira um dossiê contrário à privatização da estatal.

O Sindeletro avalia que o compromisso assumido pelo senador Eunício Oliveira de não colocar na pauta de votação de 2018 a privatização da Eletrobras e de suas concessionárias já é resultado da mobilização nacional contra a venda do setor elétrico. No Ceará, no último dia 12 de março, o Sindeletro articulou com o deputado estadual Elmano de Freitas (PT) uma reunião com o governador Camilo Santana que ratificou seu apoio ao movimento contra a entrega da Eletrobras ao capital estrangeiro. Na ocasião, Camilo também se comprometeu a conversar com Eunício Oliveira para que ele se posicionasse contra a privatização da Eletrobras.

A Diretoria do Sindeletro reforça que as entidades sindicais do setor elétrico vão aproveitar o tempo ganho com a decisão do presidente do Senado de não colocar na pauta de votação da Casa em 2018 a privatização da Eletrobras para ampliar a rede de apoio ao movimento de defesa da estatal, principalmente, buscando o apoio da opinião pública. É necessário e urgente ampliar o debate sobre os prejuízos que serão gerados com a venda da estatal e de suas subsidiárias, entre elas a Chesf, como o aumento da energia elétrica e a ameaça ao Rio São Francisco.

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