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terça-feira, 31 de maio de 2016

Período sem chuvas começa com cenário preocupante.


Com o fim da quadra chuvosa no Ceará, gestores definirão como fica o abastecimento da RMF, que não conseguiu reduzir 10% do consumo de água.


Termina amanhã mais uma quadra chuvosa abaixo da média para o Ceará. Os meses de fevereiro a maio tiveram precipitações 57% abaixo da média até a última sexta-feira, 27. É o quinto ano consecutivo de seca no Estado. Com a chegada de junho, começa o período de sete meses com as menores médias de chuva. É tempo também de definição sobre o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Com o volume do Castanhão em 9,2%, o uso do açude Orós como reserva para a RMF será discutido na quinta-feira, 2, em Quixadá (Sertão Central). O reservatório é o segundo maior do Ceará e está com 35% da capacidade. O volume acumulado nos 153 reservatórios monitorados do Estado é de 12,9%. A proposta de reabastecer o Castanhão com o Orós será levada para avaliação dos diversos usuários de água.

Quanto ao consumo na RMF, a tendência é manter a meta de economia de 10% ao mês, diz João Lúcio Farias, presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Aplicada desde o dia 19 de dezembro, a tarifa de contingência proposta pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) ainda não chegou à meta estipulada.

Em abril, os clientes da RMF reduziram apenas em 5,2% o consumo. Fevereiro e março foram outros dois meses com reduções, de 5,3% e 3,8%, respectivamente. “Apesar de não alcançar os 10% pretendidos, tivemos uma redução expressiva. Cerca de 11 mil clientes deixaram de pagar a sobretaxa (de 120% na tarifa) no último mês”, comenta o superintendente comercial da Cagece, Agostinho Moreira.

Uma nova campanha de conscientização do uso da água deve ser lançada pelo Governo, diz o secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira.

Alternativas


Para suportar até o próximo ano sem racionamento, a RMF contará com ações complementares. A barragem do Maranguapinho será usada para ajudar as cidades de Maranguape e Pacatuba. No Pecém, em São Gonçalo do Amarante, cerca de 50 poços serão perfurados para aproveitar o efeito das chuvas no litoral.

A gestão é estratégica entre os açudes do Sistema Metropolitano, que auxiliam o Castanhão no envio de água para a região, especifica Teixeira. No açude Pacajus, por exemplo, a economia já aplicada é de 300 litros por segundo, deixando de atender Cascavel e Beberibe. Enquanto a primeira cidade passou a ser servida pelo açude Malcozinhado, a segunda está se valendo de poços e lagoas até precisar do mesmo reservatório.

Via :O Povo

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