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segunda-feira, 28 de março de 2016

Nutrição com Dra. Iana Melo - Os Alimentos Transgênicos



Os Alimentos Transgênicos

Os alimentos transgênicos são geneticamente modificados com o objetivo de melhorar a qualidade e aumentar a produção e a resistência às pragas, visando o lucro. Em algumas técnicas, são implantados fragmentos DNA de bactérias, vírus ou fungos no DNA da planta.

A manipulação genética destas sementes é obtida através de diversas técnicas, cada qual produzindo um resultado específico: em algumas técnicas, nos embriões das plantas são inseridos fragmentos de DNA de bactérias, vírus ou fungos que contêm genes que codificam a produção de herbicidas. As plantas assim modificadas produzem as toxinas contra as pragas da lavoura, não necessitando de certos agrotóxicos. Outras são feitas resistentes a certos agrotóxicos, para que estes sejam usados em lavouras onde é preciso exterminar outro tipo de vegetal, como ervas daninhas, sem afetar o resto da produção.

No Brasil, onde 9,60% (dados de 2009/2010) das lavouras empregam transgênicos, as pesquisas sobre e o desenvolvimento tecnológico de alimentos transgêncios (ou OGM, organismos geneticamente modificados) são conduzidos pela Embrapa. A partir da Lei de Biossegurança (Lei 11105/05), a responsabilidade pela autorização do plantio e comercialização deste tipo de alimentos é feita pelaComissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

A principal vantagem para a utilização de sementes geneticamente modificadas, segundo apontado por organizações internacionais como a ONU, é o aumento da produtividade. Mais resistentes a pragas e também aos agrotóxicos, as culturas transgênicas podem ser colhidas mais rapidamente e com menos perda, o que resultaria no ganho para o agricultor e, também, na diminuição dos preços dos alimentos – um fator importante no combate à fome.

A modificação genética possibilita ainda a geração de alimentos enriquecidos, com maior quantidade de vitaminas, por exemplo, do que suas versões não modificadas. Com menos agrotóxicos, os transgênicos apresentariam características mais benéficas ao consumo humano, com alterações previstas de maneira mais controlada.

Os opositores aos transgênicos, porém, enxergam todo este cenário de forma bem diferentes e enumeram desvantagens bastante contundentes no cultivo e proliferação deste tipo de alimento. Do ponto de vista ambiental, a utilização de culturas modificadas provocaria um grande desequilíbrio nos ecossistemas agrícolas. Além de livrar as plantas de pragas, as modificações também abalariam toda uma delicada cadeia de outros animais benéficos ao ambiente e ao solo, quebrando uma cadeia harmônica e natural.

Vantajosos ou desvantajosos, o fato é que os transgênicos estão cada vez mais presentes em nossas vidas. A agência da ONU para Alimentos e Segurança Alimentar (FAO, da sigla em inglês) estima que aproximados 150 milhões de hectares no mundo são plantados com cultivares geneticamente modificados. Grande parte deste total é dedicado a plantações de soja, milho, canola (usado em forragem/ração) e algodão nas Américas e de algodão na Ásia e África. Os maiores produtores são Estados Unidos, Brasil, Argentina, Canadá, Índia e China.

Dra. Iana Melo
Nutricionista


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Sobre a Colunista:


Dra. Iana Melo


Nutricionista Especialista em Saúde Pública e Personal Diet
Nutricionista Clínica em Clínica Médica Dr. Timbó - Groairas - CE.
Nutricionista Clínica em Clínica Integrada de Atenção á Saúde ( CIAS) - Sobral - CE.
Gerente da Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) - Assaí Atacadista - Sobral - CE.


Áreas de atuação : - Consultoria e Palestras em Nutrição- Personal Diet- Doenças Crônicas- Nutrição Esportiva.

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