Fortaleza é a Capital recordista no País em números de assassinatos. A comprovação foi feita no ano passado pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública e agora publicado. A informação virou notícia de destaque nesta quarta-feira (30) no jornal Folha de São Paulo. A violência armada produziu na Capital cearense um índice de homicídios e latrocínios (roubos seguidos de morte) mais que o dobro dos índices das demais capitais e três vezes superior à média nacional em 2013.
Conforme os dados revelados pelo Anuário, Fortaleza surge como a líder do ranking de assassinatos nas capitais brasileiras com 77,3 mortos em assaltos ou homicídios dolosos (aquele em que há a intenção de matar) para cada grupo de 100 mil habitantes, seguida por Maceió, São Luís e Natal.
Conforme, ainda o estudo estatístico, Fortaleza apresenta mais que o dobro das 33 mortes por cada grupo de 100 mil habitantes, que é a média entre as capitais brasileiras; e três vezes superior à média nacional, que chega a 25,2 pessoas assassinadas em cada grupo de 100 mil.
Violência armada
O Anuário revela também que no ano passado, uma pessoa foi morta à cada meia hora nas capitais brasileiras. No total, nada menos que 15.932 vítimas de execuções sumárias por motivos diversos, desde crimes gerados por motivos banais aos casos de mortes durante assaltos (roubos).
Os casos mais críticos acontecem nas capitais dos estados nordestinos, com exceção de Recife. Oito das nove capitais fazem parte do ranking e Fortaleza é a primeira nesta lista negra. Já São Paulo foi a que apresentou o menor índice, com apenas 11,4 mortes em cada grupo de 100 mil habitantes.
O estudo reuniu, pela primeira vez, os dados específicos sobre as mortes violentas nas capitais brasileiras. Eles foram tabulados pelo Fórum com informações obtidas dos estados por meio da Lei de Acesso à Informação.
O tráfico de drogas é apontado pelas autoridades como o principal fator responsável por tantas mortes em Fortaleza. Vários bairros da cidade são marcados por “guerras” entre quadrilhas que disputam o domínio na venda de entorpecentes. Jovens e adolescentes são os principais “alvos” da violência armada na capital cearense.
Fonte: Ceará News7
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