“O que aconteceu é que a Presidência da República não quer gastar dinheiro construindo galpão para apreender menores”, disse Aragão. “O político tem que fazer aquilo que a população deseja”, pontuou, lembrando que maior parcela da população se diz favorável à redução da maioridade. “Se a senhora (Rachel Marques) não andar com guarda-costas pode ser vítima a qualquer momento de uns infratores deliquentes que se sentem incentivados pelo poder público para cometerem crimes, a verdade é essa”, falou o deputado.
O deputado Carlos Felipe(PCdoB) ressaltou que somente um em cada 200 crimes é praticado por jovens. Ele acrescentou que 70% dos jovens que cometem infrações são ressocializados e deixam o mundo do crime. “Concordo que se aumentem as penas, mas dentro do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Tomar outra posição é demagógico”, defendeu.
O deputado Renato Roseno (Psol) avaliou que é preciso ampliar investimentos na rede socioeducativa dos jovens em conflito com a lei. “Vamos fazer uma comissão especial para fortalecer o cumprimento do ECA”, sugeriu. A deputada Fernanda Pessoa (PR) comentou que a escola de tempo integral é a melhor como forma de combater à criminalidade.
“Amarelaram”
O deputado Manoel Duca (Pros) lamentou a decisão da Câmara dos Deputados. Para ele, os parlamentares “amarelaram” na hora de votar. “Deixo minha tristeza por não ter sido representada a vontade do povo brasileiro”, afirmou.
O líder do PMDB, Audic Mota, também criticou a rejeição. “Já que não quiseram aprovar na primeira leva (que restringia a redução a crimes graves), que possam reduzir de maneira geral a maioridade”, pontuou.
Redação O POVO Online
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