Sessão da Câmara de Martinópole acaba em confusão e pancadaria

A primeira sessão ordinária do ano da Câmara de Vereadores de Martinópole foi marcada por tumulto, agressão e quebra-quebra. A confusão foi causada pela decisão da presidente da Mesa Diretora, vereadora Bruna Roriz (PDT), aliada do prefeito James Bel (PMDB), de apresentar, na última quinta-feira (29), a Ata de uma suposta eleição que aprovou a recondução dela ao cargo por mais um ano. O pleito teria ocorrido no dia 15 de janeiro.

A bancada de oposição à vereadora Bruna, composta por cinco dos nove membros do Legislativo local, que há meses vem criticado os desmandos do comando da Câmara, denunciou o documento como irregular, alegando fraude no processo e a impossibilidade da reeleição da parlamentar. Além disso, o grupo apresentou uma Ordem Judicial determinando a realização de uma nova eleição para a Mesa Diretora, em substituição à realizada no início do ano, quando a vereadora Rógila Fernandes foi escolhida para a Presidência, durante sessão realizada na calçada da sede da Câmara Municipal, já que os vereadores foram impedidos de entrar no prédio pela presidente.

Francisco Oliveira, um dos vereadores contrários a continuidade da gestão de Bruna Roriz, declarou que foi procurado pelo marido da vereadora e recebeu a oferta de R$100 Mil em troca de apoio político.

A revolta tomou conta do plenário e o bate-boca entre vereadores tornou-se o estopim da confusão, que se espalhou pelas ruas do município e resultou em agressões e danos ao patrimônio. A polícia tentou conter a situação, mas sem sucesso. Pessoas saíram feridas e tiveram que ser socorridas. Móveis da Câmara e veículos de vereadores foram danificados. Testemunhas filmaram o tumulto e os vídeos estão repercutindo em comunidades da internet.

Após a confusão, a sessão não foi retomada e a Presidência da Câmara de Martinópole continua indefinida.



Via Ceará News7