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domingo, 28 de dezembro de 2014

Caso Subtenente: Polícia quer saber se amante teve participação na morte de filho de subtenente

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A Polícia Civil pretende ouvir, em depoimento nos próximos dias, o amante de Cristiane Coelho, suspeita de matar filho por envenenamento. A mudança do discurso da esposa do subtenente Francilewdo Bezerra intrigou o delegado Wilder Brito, do 16º Distrito Policial, que investiga o caso. Agora, a polícia quer saber se o homem teve alguma participação no crime.

Cristiane e Francilewdo se acusam pela morte do filho, envenenado com chumbinho (veneno para rato), no dia 11 de novembro, na residência do casal, no Bairro Dias Macedo, em Fortaleza. Numa carta publicada no Facebook, supostamente escrita pelo militar, existe a citação de que a esposa teria um amante, e que esse seria o motivo para o assassinato e o seguido suicídio.

No primeiro depoimento à polícia, Cristiane disse que o homem seria um amigo que conheceu na faculdade que cursou no Recife. Na acareação, no dia 22 de dezembro, o primeiro encontro entre o casal desde o crime, a esposa mudou sua versão e admitiu que aquele era mesmo um amante. Na ocasião, Francilewdo declarou ao delegado que não sabia que estava sendo traído.

Segundo Wilder Brito, o homem, cujo nome não é divulgado à imprensa, é professor de Educação Física e mora no Recife. O delegado apurou que o amante esteve em Fortaleza no dias 7 e 8 de novembro. “O que estaria fazendo ele aqui na véspera de uma tragédia familiar? Precisamos questionar até que ponto ele teria participação direta ou indireta”, indicou o delegado.

“O que estaria fazendo ele aqui na véspera de uma tragédia familiar?

Inicialmente as investigações apontavam que Francilewdo teria envenenado o filho e a mulher, e depois tentado o suicídio. Posteriormente, laudo médico sinalizou que somente Francilewdo e o garoto ingeriram chumbinho, enquanto Cristiane tomou tranquilizante. Com isso, a esposa passou a ser considerada a principal suspeita no caso.

Após a morte do filho mais velho, Cristiane se mudou com o mais novo, de 5 anos, também autista, para o Recife. Isso levou o marido a questionar a segurança do garoto. “Se ela fez aquela loucura com um, pode muito bem fazer com o outro”, desabafou o subtenente, logo após a acareação, em sua primeira declaração pública.

Francilewdo, que chegou a entrar em coma e ficou internado durante um mês, tinha um seguro de vida, que pagaria R$ 153 mil em caso de morte. O filho também tinha um seguro, cujo valor da apólice não foi divulgado. O próximo passo da investigação, o depoimento do amante de Cristiane, não tem data marcada. Também não há previsão para a conclusão do inquérito.

Fonte: Tribuna do Ceará

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