Alcançadas pelas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, as empreiteiras Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Iesa, UTC, OAS, Mendes Júnior, Engevix e Odebrecht dominam há anos o negócio de obras públicas no Brasil, atuando em construção e reforma de aeroportos, metrôs, usinas, estádios esportivos e outros projetos milionários.
De 2004 a 2014, essas empresas, agora investigadas por desvio de recursos da Petrobras, firmaram contratos com o Governo Federal que chegam a R$ 11,4 bilhões, segundo levantamento da associação Contas Abertas.
Obras de grande porte do Governo do Ceará e da Prefeitura de Fortaleza foram ou estão sendo tocadas por muitas dessas construtoras. A Galvão Engenharia, por exemplo, fez os viadutos das avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales, o Centro de Eventos e a Arena Castelão. A OAS, em consórcio com a Marquise, vai construir a ponte estaiada sobre o rio Cocó.
As empresas doaram nas eleições deste ano R$ 50 milhões a 41% dos parlamentares que estarão no Congresso na próxima legislatura, informou a Folha de S.Paulo. Os beneficiados são de partidos como os governistas PT, PMDB, PP e os opositores PSDB e DEM.
A lei permite as doações. Mas as suspeitas sobre o efeito que têm na relação entre empresas e governos aumentam quando se ouvem declarações como as do advogado de Fernando Soares, ou Fernando Baiano, apontado como intermediário do PMDB no esquema da Petrobras: “O empresário, se porventura faz alguma composição ilícita com político para pagar alguma coisa, se ele não fizer isso não tem obra. Pode pegar qualquer empreiteirinha e prefeitura do interior do país. Se não fizer acerto, não coloca um paralelepípedo no chão”.
Para Rodrigo Marinho, mestre em Direito Constitucional e professor de Direito na Unichristus, o problema das propinas é agravado pelo gigantismo do Estado brasileiro.
“O poder das construtoras é baseado na relação mercantilista que há entre o Estado e as empresas. Quando o Estado tem muito poder, ele o usa para beneficiar seus amigos. Os amigos do rei investem milhões para conseguir bilhões”.
Na última sexta, o procurador de Contas junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, requereu ao tribunal que as empresas investigadas sejam declaradas inidôneas (com exceção da Odebrecht). Com isso, elas seriam impedidas de licitar com órgãos da administração pública federal por até cinco anos.
SAIBA MAIS
A Operação Lava Jato foi deflagrada em março deste ano. A PF a batizou assim após cumprir mandado de busca e apreensão em um posto de gasolina de Brasília cujo dono tinha conexão com o doleiro Alberto Youssef.
Em depoimento após ser preso, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse que propinas na estatal financiavam partidos como PT, PMDB e PP.
Outros cinco delatores presos já prometeram devolver R$ 423 milhões, parte já bloqueados em contas dentro e fora do Brasil.
De 2004 a 2014, essas empresas, agora investigadas por desvio de recursos da Petrobras, firmaram contratos com o Governo Federal que chegam a R$ 11,4 bilhões, segundo levantamento da associação Contas Abertas.
Obras de grande porte do Governo do Ceará e da Prefeitura de Fortaleza foram ou estão sendo tocadas por muitas dessas construtoras. A Galvão Engenharia, por exemplo, fez os viadutos das avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales, o Centro de Eventos e a Arena Castelão. A OAS, em consórcio com a Marquise, vai construir a ponte estaiada sobre o rio Cocó.
As empresas doaram nas eleições deste ano R$ 50 milhões a 41% dos parlamentares que estarão no Congresso na próxima legislatura, informou a Folha de S.Paulo. Os beneficiados são de partidos como os governistas PT, PMDB, PP e os opositores PSDB e DEM.
A lei permite as doações. Mas as suspeitas sobre o efeito que têm na relação entre empresas e governos aumentam quando se ouvem declarações como as do advogado de Fernando Soares, ou Fernando Baiano, apontado como intermediário do PMDB no esquema da Petrobras: “O empresário, se porventura faz alguma composição ilícita com político para pagar alguma coisa, se ele não fizer isso não tem obra. Pode pegar qualquer empreiteirinha e prefeitura do interior do país. Se não fizer acerto, não coloca um paralelepípedo no chão”.
Para Rodrigo Marinho, mestre em Direito Constitucional e professor de Direito na Unichristus, o problema das propinas é agravado pelo gigantismo do Estado brasileiro.
“O poder das construtoras é baseado na relação mercantilista que há entre o Estado e as empresas. Quando o Estado tem muito poder, ele o usa para beneficiar seus amigos. Os amigos do rei investem milhões para conseguir bilhões”.
Na última sexta, o procurador de Contas junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, requereu ao tribunal que as empresas investigadas sejam declaradas inidôneas (com exceção da Odebrecht). Com isso, elas seriam impedidas de licitar com órgãos da administração pública federal por até cinco anos.
SAIBA MAIS
A Operação Lava Jato foi deflagrada em março deste ano. A PF a batizou assim após cumprir mandado de busca e apreensão em um posto de gasolina de Brasília cujo dono tinha conexão com o doleiro Alberto Youssef.
Em depoimento após ser preso, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse que propinas na estatal financiavam partidos como PT, PMDB e PP.
Outros cinco delatores presos já prometeram devolver R$ 423 milhões, parte já bloqueados em contas dentro e fora do Brasil.
Fonte: O Povo
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