Quem está conectado às redes sociais percebeu que os protestos se tornaram quase um tema único nos últimos cinco dias, dominando publicações no Twitter, Facebook e também no YouTube. Os compartilhamentos causaram impacto potencial em mais de 74 milhões de internautas até a noite de ontem. O mapeamento foi realizado on-line pela empresa Scup. “O monitoramento mostra que essas mensagens chegaram a todas essas pessoas”, afirmou o gestor de comunicação da empresa, Eliseu Barreira Junior. Essa abrangência foi alcançada entre quarta-feira, 12, e as 20 horas de segunda-feira.
O mapeamento das redes indica uma curva crescente das publicações sobre o tema desde quinta-feira, 13, dia da manifestação marcada pela violência policial, alcançando nesta segunda-feira um pico de menções. Os termos mais citados foram “Protesto”, “O gigante acordou”, “Vem pra rua” e “Acorda, Brasil”. A plataforma contabilizou mais de 104 mil itens publicados no período.
“A paciência acabou e a gente acordou”, escreveu pelo Twitter o internauta @givejustinfood. “Pastores, posicionem-se... Despertem suas igrejas!!!”, pediu David Castilho pelo Facebook. Ontem, a alta de publicações aconteceu entre 15 e 16 horas, com 19 mil tens.
A internet teve papel fundamental na organização dos atos. Em São Paulo, por exemplo, o evento no Facebook para a manifestação teve 276 mil confirmações. O ato foi grande, mas se percebe que muitos demonstraram o apoio virtual. Mas não foi só isso.
Vilões a heróis
De acordo com o pesquisador de comportamento jovem Daniel Gasparetti, as redes tiveram papel mais preponderante na guinada da opinião pública. “Foi nas redes sociais que se viu os manifestantes passarem de vilões a heróis”, diz. “Além do contato direto, da informação feita do local, houve um intenso debate sobre os motivos dos atos.”
(Das Agências de Notícias)
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