A fim de evitar entraves logísticos, o Governo Federal se encarregará de levar o milho para os estados a custo zero por meio do transporte marítimo - no Ceará, via Porto do Pecém. Aos governos estaduais cabe a distribuição interna do grão. A nova solução foi apontada como uma das saídas para evitar a repetição dos problemas com frete rodoviário, que atrapalharam o abastecimento da Região do ano passado.
Durante o discurso, a presidente solicitou empenho dos estados para garantir que o milho adquirido pelo Governo Federal chegue aos produtores. “Precisamos da parceria dos governadores para fazer o transporte de milho e a venda. Essa talvez seja a ação mais nova feita no Brasil no que se refere à questão da seca. Nessa dimensão, nada igual foi feito. Nós sabemos que há um gargalo, por isso construímos as hipóteses de acessar o transporte de cabotagem”, explicou Dilma.
Distribuição
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Agrário do Ceará, Nelson Martins, a distribuição da remessa de milho, que virá via transporte marítimo, deverá chegar ao Interior utilizando os modais ferroviário e rodoviário. Ainda segundo ele, até o momento, não foi definido a forma de repasse do milho para produtores. “Isso não é difícil de fazer, nós temos o cadastro de 60 mil produtores da Conab e a própria Conab pode nos ajudar”.
Na avaliação do presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece), Moisés Ricardo, ainda falta agilidade na distribuição do milho. “Não basta fazer o anúncio. Nós compreendemos que é importante, mas a gente tem uma grande preocupação em torno da agilidade desse processo, se isso vai chegar ao agricultor familiar que está passando por sérias dificuldades”.
No ano passado, o Governo do Ceará teve de arcar com o transporte de quatro mil toneladas de milho, ao custo de R$400 por tonelada, para conseguir disponibilizar os grãos para produtores do Estado. No total, segundo o último balanço da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), já foram recebidos 78,5 mil toneladas de milho de um total de 88 mil toneladas contratadas para o Ceará. “A grande questão que afligia era o milho. Nós estamos chamando de ‘operação de guerra’, de maneira que esse milho seja distribuído o mais rápido possível de todas as formas”, afirmou Cid Gomes, governador do Ceará.
O Governo Federal não anunciou remessas posteriores do grão, mas o secretário Nelson Martins afirmou que elas podem acontecer.
Fonte: O Povo Online.
Fonte: O Povo Online.
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