quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

MEC terá secretaria para criar colégios cívico-militares, diz novo ministro da Educação

Em Goiânia, escolas militares geram tensão entre sindicato dos professores e policiais. Levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação mostra que várias prefeituras, em diferentes estados do país, estão transferindo para a PM a gestão de escolas públicas Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo/14-06-2018

BRASÍLIA - O governo do novo presidente Jair Bolsonaro (PSL) terá uma secretaria especial para transformar escolas públicas em unidades de ensino cívico-militar. A medida foi anunciada nesta terça-feira, 1º de janeiro, pelo futuro ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, ao chegar ao Palácio do Planalto para a cerimônia de posse.

De acordo com o ministro, a indicação do responsável pela secretaria estará no Diário Oficial da União junto com todas as nomeações da pasta.


A criação das escolas militares foi uma promessa de campanha de Bolsonaro. Capitão da reserva do Exército, o novo presidente defende que pelo menos em cada capital haja uma escola militarizada.

— Os colégios militares hoje, no Brasil, representam um modelo que dá certo, que tem disciplina, que tem bom desempenho nos índices de valorização e avaliação. Então esse modelo de colégios cívico-militares, como já existem em alguns lugares, eu acho que é sistema é bom. As crianças gostam, as famílias gostam, por que não apoiar isso se está dando certo? — disse o novo ministro da Educação, nesta terça-feira.

Sem mencionar números, Vélez afirmou que implantação da gestão militar em escolas públicas não terá um alto custo para o Estado.

— Não é uma coisa que saia muito caro, não. Os modelos que já estão se desenvolvendo em alguns lugares partem de colégios já estabelecidos que pedem ajuda para uma gestão cívico-militar. Não é uma coisa que saia caro demais. Traz como benefício a disciplina, a possibilidade de as crianças terem uma orientação para uma educação de cidadania, que é muito importante — disse ele.


Fonte: O Globo

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