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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Groairense nas olimpiadas



Mais do que garantir o índice para disputar uma Olimpíada no País de origem, atingir uma marca histórica no esporte nacional. O cearense Gideoni Monteiro, 26, nascido em Groaíras, cresceu em Aracaju e se formou atleta entre São Paulo e Paraná, agarrando as oportunidades que eram dadas ao longo do árduo caminho de atleta. É ele o responsável por recolocar o Brasil numa prova olímpica de ciclismo de pista após 24 anos de ausência. E justo nos Jogos do Rio.

Diferente de boa parte das modalidades, no ciclismo de pista a vaga olímpica não é cedida ao país-sede. Foi preciso conquistar um lugar para o Brasil passo a passo através do ranking mundial.

E isso tem ainda mais valor diante de tudo o que se desenrolou durante o ciclo olímpico. Gideoni enfrentou a morte do pai em 2014. José Lusmar deixou o filho após um acidente de carro. A fatalidade aconteceu na mesma época em que o ciclista teve o contrato rescindido com a equipe em que treinava em Ribeirão Preto-SP. O cenário era ideal para abandonar a carreira.

“Quando eles me mandaram embora, pensei: ‘Meu pai gostava tanto do que eu fazia, tenho que continuar’. Decidi que iria até a Olimpíada, que era meu sonho, nem que fosse avulso. E a equipe de Santos me contratou logo depois”, recorda Gideoni.

Naquele momento iniciava o caminho rumo à Rio-2016. O cearense entrou para a Aeronáutica, o que, segundo ele, garantiu importante apoio na carreira de atleta. Veio o título do Campeonato Brasileiro de Omnium em 2014 e o 4º lugar no Pan-Americano do mesmo ano. Dali, o caminho foi a Suíça. Gideoni foi participando de etapas da Copa do Mundo e conseguiu vaga para os Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015. No Canadá, foi bronze. Ir ao Mundial em Londres e somar pontos para conquistar a vaga olímpica foi o passo seguinte. Era preciso ficar entre os 18 melhores no ranking. Ele atingiu o 15º posto e a vaga para competir no Rio. “Desde que abriu o ranking, em 2014, houve planejamento, treinamento e sacrifício”.

Gideoni Monteiro vai disputar a categoria Omnium, soma de resultados de seis provas: 200 metros, pontos, eliminação, perseguição, scratch e 500 m contra o relógio.

Apesar de não estar entre os favoritos à medalha, Monteiro quer lutar, como sempre lutou, para ir o mais longe possível. “Sempre foi meu sonho. Agora que consegui, vou brigar. Não caí de paraquedas. Todo mundo que vai estar lá tem chance de medalha. O ranking começou com o mundo inteiro e ficaram 18. Vou dar 110% a cada dia para chegar competitivo, pronto, com a cabeça tranquila e colocar tudo em prática”, finaliza.

Via O Povo Online.

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