A decisão foi anunciada no mesmo dia em que começou a tramitar na Assembleia Legislativa o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as agremiações e ocorre em meio a atos de paralisação de grupos policiais em Fortaleza, Região Metropolitana e no interior do Estado.
São atingidas pela medida a Associação dos Profissionais de Segurança (APS), a Associação dos Praças do Estado do Ceará (Aspra-CE), a Associação de Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (Aspramece), a Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado (Assof) e a Associação Beneficente de Subtenentes e Sargentos (ABSS).
Nos últimos seis anos, elas receberam R$ 66,1 milhões a partir do desconto na folha de pagamento dos servidores.
Justiça
Na segunda-feira (17), uma Ação Civil Pública do MPCE solicitou o bloqueio de todas as contas bancárias e de aplicações financeiras das cinco associações, caso ocorresse paralisação total ou parcial das atividades de segurança pública. E pediu que o Governo do Estado aplicasse a suspensão das consignações em folha de pagamento por 90 dias.
Na denúncia, o Ministério Público aponta indícios de que a verba pode estar sendo usada em mobilizações que têm culminado em paralisações de policiais no Ceará.
No início desta semana, o Tribunal de Justiça do Ceará proibiu as cinco associações de adotarem qualquer tipo de mobilização que trate de discussão de "melhorias salariais, estrutura de trabalho e conquistas para a carreira militar", além de ações que tratem da "deflagração de greve e/ou qualquer manifestação coletiva de forças armadas com posturas grevistas".
Além dessa determinação, a Seção Criminal do TJCE manteve decisão que determina que agentes de segurança poderão sofrer sanções e até serem presos por promoverem movimentos grevistas ou manifestações no Estado.
*Diário do Nordeste.
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