sábado, 17 de agosto de 2019

Operação nacional contra facções criminosas menciona alvos em Groaíras

O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), participa nesta quinta-feira (15/08) de uma operação nacional contra facções criminosas. A ação conjunta foi planejada pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas-GNCOC. As diligências desta quinta-feira estão sendo realizadas simultaneamente pelos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio de Janeiro. Com auxílio de forças policiais, os GAECOs de cada um desses estados cumprem mais de 300 mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes de grupos criminosos.

No âmbito do Ceará, as operações foram chamadas de “JERICÓ” e “AL QAEDA” e serão cumpridos 35 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza, Independência, Sobral, Juazeiro do Norte, Groaíras, Aquiraz, Maracanaú e Pacatuba. Além do GAECO, as promotorias de Justiça de Juazeiro do Norte, Sobral e Independência também estão envolvidas no trabalho. A ação conta com o apoio da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, através das Polícias Civil, Militar, e da Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol); e da Secretaria de Administração Penitenciária, por meio da Coordenadoria de Inteligência (Coint).

Operação Jericó


A “Operação Jericó” teve início a partir de informações fornecidas pela Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, que apontaram a atuação de quatro organizações criminosas no Estado do Ceará, notadamente a facção conhecida como Primeiro Comando da Capital – PCC. Segundo o documento, o crime organizado no Estado estaria sendo controlado de dentro das unidades penitenciárias.


Foi revelada a existência de um complexo esquema criminoso composto, em sua maioria, por membros de posições de comando dentro da facção PCC e por indivíduos a eles relacionados. Apurou-se que entre os meses de novembro de 2018 e fevereiro de 2019, os investigados praticaram uma série de crimes, principalmente tráfico de drogas, associação para o tráfico, comércio irregular de arma de fogo e o planejamento de homicídios e ataques a agentes e a equipamentos públicos, tanto na capital quanto no interior do Estado. Foram identificados 18 suspeitos de participam nesse esquema criminoso.

Operação Al Qaeda


A “Operação Al Qaeda” também tem relação com a facção PCC, sendo um desdobramento da “Operação Saratoga”, deflagrada também pelo GAECO do MPCE em dezembro de 2017.

De acordo com as investigações, o PCC estaria aumentando sua influência aqui no Estado e ampliando consideravelmente o número de “batismos”, com o objetivo de consolidar o comando de todas as unidades prisionais da Região Metropolitana de Fortaleza, e ampliar a atuação tanto dentro quanto fora dos presídios.

Diante de tais informações, o GAECO do MPCE empreendeu diversas diligências e conseguiu desvendar um extenso esquema criminoso. De acordo com o apurado, entre os meses de maio de 2015 a julho de 2016, a facção praticou uma série de crimes, como tráfico de drogas, homicídios, ameaças e ataques a agentes e equipamentos públicos.

O bando contava com uma vasta rede de comparsas que atuavam como gerentes das “bocas” de tráfico, como “correrias” (pessoa que vende droga e repassa informações) e como “laranjas”, que forneciam suas contas bancárias para a movimentação do dinheiro escuso. Os envolvidos também realizavam ameaças e roubo de veículos para levantar fundos para os negócios ilícitos. Também foram utilizados cooperados para a combinação de ataques a ônibus e a delegacias de polícia, inclusive com a possibilidade de morte de policiais. Ao todo foram identificados 17 indivíduos que participavam ativamente desse esquema criminoso, cada um com função específica e bem delineada dentro da organização.

Groaíras

O fato de Groaíras, uma cidade pequena, ser mencionada na operação, chamou atenção de toda comunidade. Entretanto, não se foi divulgado até o momento, que tipo de ação ocorreu na cidade, nem quem foram os alvos. 

*Com informações do MPCE.

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