Bombeiros trabalham em busca de desaparecido em ônibus que foi atingido pela queda de uma barreira na Avenida Niemeyer, próximo ao Vidigal, na zona sul do Rio de Janeiro — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo
A tempestade que atingiu o Grande Rio na noite desta quarta-feira (6) deixou ao menos seis mortos. A forte chuva acompanhada de ventania causou apagões, derrubou árvores, alagou vias e fechou a Avenida Niemeyer, onde um trecho da ciclovia desabou.
As mortes foram registradas na Rocinha, no Vidigal, em Barra de Guaratiba e na Avenida Niemeyer, onde ônibus foram atingidos por deslizamento de terra e árvore. Dois corpos foram retirados de um dos veículos, soterrado por volta das 23h30 e depois foi jogado contra a mureta da via. Ele invadiu a ciclovia e quase caiu encosta abaixo.
Equipes da Defesa Civil, CET-Rio e dos Bombeiros retiraram, por volta das 15h desta quinta, o que restou do ônibus executivo da Viação Jabor, com trajeto do Centro para Campo Grande.
Duas retroescavadeiras foram usadas nos trabalhos. Para retirar o veículo do local, as equipes de resgate retiraram uma árvore que havia caído em cima do ônibus e esmagado toda a parte dianteira.
Às 17h desta quinta, os dois sentidos da Avenida Niemeyer ainda estavam interditados para a remoção de árvores, terras e galhos. Ainda não tem previsão de reabertura.
Em entrevista coletiva no final da tarde, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, chamou atenção para os estragos que podem provocar quedas de árvores nas vias. "Estamos com helicóptero e drones analisando a encosta da [avenida] Niemeyer", afirmou.
O secretário municipal da Casa Civil, Paulo Messina, afirmou que houve 186 quedas de árvore no Rio – às 18h25, segundo ele, 181 dessas ocorrências estavam "solucionadas".
A cidade teve ainda quatro deslizamentos e oito quedas de postes, além de 26 alagamentos.
Quatro pessoas feridas durante permanecem internadas, de acordo com a secretária municipal de Saúde, Bia Busch.
O presidente da GeoRio afirmou que a Estação de monitoramento do Vidigal chegou a registrar chuva de 90 milímetros no período de uma hora – sendo que 60 milímetros por hora já é considerado um volume severo.
Equipes trabalham para retirar ônibus atingido por deslizamento na Avenida Niemeyer — Foto: Alba Valéria Mendonça/G1
Equipes rebocam ônibus atingido por deslizamento na Avenida Niemeyer, no Rio — Foto: Matheus Rodrigues/G1
Houve quedas de barreira em vários pontos da Avenida Niemeyer – a ciclovia caiu perto de São Conrado, e o ônibus foi atingido quase no extremo oposto.
O prefeito Marcelo Crivella confirmou que a situação mais crítica é na Niemeyer. "Vai demorar mais de um dia inteiro para normalizar", disse mais cedo.
Em nota, ele lamentou "com um profundo pesar as mortes ocorridas em decorrência do forte temporal que atingiu a cidade".
Um morador do Vidigal relatou o resgate às vítimas. "Foi desesperador", contou ele, que teve a casa destruída pela chuva. A Prefeitura afirma que a morte no Vidigal foi causada por um muro que desabou.
Às 10h45, uma menina foi resgatada com vida do alto do Vidigal. Ela foi levada de helicóptero e o estado de saúde dela não foi informado.
De helicóptero, bombeiros resgatam criança no alto do Vidigal — Foto: Reprodução/TV Globo
A comunidade do Vidigal fica na Zona Sul do Rio de Janeiro. A ciclovia Tim Maia fica na Avenida Niemeyer, que está entre o mar e o Morro do Vidigal. A Rocinha também fica na Zona Sul da cidade.
Fonte: G1
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