Na internet, dezenas de vídeos foram publicados mostrando pessoas batendo em panelas, vaiando e xingando a presidente durante o discurso. Em alguns é possível ver também pessoas acendendo e apagando as luzes de seus apartamentos.
Em Fortaleza, foram registrados protestos nos bairros Meireles e Aldeota. Em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Recife motoristas buzinavam nas ruas durante o pronunciamento.
Essas manifestações aconteceram uma semana antes da mobilização popular a favor do impeachment da presidente, marcado para o dia 15 de março.
Oposição
A oposição também aproveitou o momento para criticar a presidente. O senador Aécio Neves (MG), líder nacional do PSDB e segundo lugar na disputa presidencial de 2014, divulgou na sua página pessoal do Facebook uma nota em que afirma que “Dilma Rousseff falta com a verdade” e “inventa bodes expiatórios”.
Ele atribuiu ainda à "incompetência de uma sequência de mandatos populistas", "semelhantes aos da Venezuela e Argentina", a situação atual do Brasil. Para ele, faltou ao discurso “um pedido de desculpas”. “Mas a presidente tem razão num ponto: os brasileiros estão irritados e preocupados”, finalizou o tucano.
Reação
A direção do Partido dos Trabalhadores (PT) reagiu rapidamente às manifestações da população e da oposição. Ainda na madrugada desta segunda-feira, a Agência PT, que divulga notícias do partido, disse que para José Américo Dias, secretário nacional de comunicação do PT, e para Alberto Cantalice, vice-presidente e coordenador das redes sociais da legenda, as manifestações “orquestradas para impedir o alcance da mensagem fracassaram em seus objetivos”.
Para os responsáveis pela comunicação da sigla, o fato da hashtag #DilmadaMulher, criada para promover o discurso da presidente, ter atingido o trending topics do Twitter é uma evidência do sucesso do pronunciamento.
Segundo José Américo, a mobilização através da internet tem evidências de financiamento de partidos de oposição. O secretário disse ainda que, apesar dos investimentos, a mobilização só atingiu moradores de bairros de classe média, “foi um movimento restrito”, disse.
Para Alberto Cantalice, “existe uma orquestração com viés golpista que parte principalmente dos setores da burguesia e da classe média alta”.
Fonte: O Povo Online
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