O mote do pedido será a reportagem publicada pelo Valor nesta sexta-feira, que mostra que a atual diretoria da Petrobras recebeu diversos alertas de irregularidades em contratos da estatal muito antes do início da Operação Lava-Jato, em março deste ano, e não apenas deixou de agir para conter desvios que ultrapassaram bilhões de reais como destituiu dos cargos aqueles que trabalharam para investigar as ilicitudes, chegando a mandar uma denunciante para fora do país.
“Não há mais qualquer condição para a permanência de Graça Foster à frente da Petrobras. As informações da reportagem são estarrecedoras e mostram que ela foi, no mínimo, conivente com as irregularidades”, avaliou Imbassahy.
Já o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (DEM-PE), afirma que o partido estuda medidas judiciais contra Graça Foster e José Carlos Cosenza, diretor de Abastecimento da estatal. “Ambos estiveram na CPI no Congresso Nacional e cometeram crime de prevaricação, mentiram ao dizer que não tinham conhecimento sobre esses desmandos. Está mais do que provado pela reportagem que eles sabiam”, disse.
Os cinco partidos de oposição - PSDB, DEM, PPS, PSB e Solidariedade - vão apresentar, na próxima quarta-feira, um relatório paralelo ao elaborado pelo relator Marco Maia (PT-RS) para a Comissão Parlamentar Mista que investiga o esquema de corrupção instalado na Petrobras.
No documento, a oposição já havia decidido pedir o indiciamento do deputado Luiz Argôlo (SD-BA), do deputado cassado André Vargas (sem partido-PR), do doleiro Alberto Youssef, do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e de executivos da empresa Toyo Setal. Também será defendida a instalação de uma nova CPI no início da próxima legislatura.
* Com informações do Valor Econômico
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