O meio bilhão de reais é referente à parte que um grupo de dez pessoas – que decidiu colaborar com as investigações ou ainda negocia os termos do acordo de delação – deverá devolver aos cofres públicos após negociações com a Justiça.
A recuperação de R$ 500 milhões é dada como certa pelos procuradores federais e significará o maior valor já devolvido aos cofres públicos na história do País. O montante corresponde a 11 vezes tudo o que já foi ressarcido desde 2004, quando o Ministério da Justiça criou um órgão específico para tratar da recuperação de ativos.
Nessa conta não entra o quanto os políticos, a quem o esquema beneficiava, teriam recebido de propina. As autoridades com foro privilegiado só poderão ser investigadas após autorização do Supremo Tribunal Federal.
Segundo fontes ouvidas pelo reportagem, a investigação envolvendo deputados e senadores, que tramita em segredo de Justiça, está há um mês no gabinete do ministro Teori Zavascki sem qualquer movimentação.
Conforme afirmou em depoimento à Justiça, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, a maior parte do dinheiro desviado era loteada entre três partidos políticos: PT, PP e PMDB. O PT ficava com até 3% do valor dos contratos de obras superfaturadas.
Do braço operacional do esquema de corrupção na estatal que está sob investigação da força-tarefa, apenas três pessoas vão devolver R$ 165 milhões aos cofres públicos em troca de eventual redução de pena. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Fonte: Estadão Conteúdo)
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