terça-feira, 8 de julho de 2014

Felipão: "O responsável fui eu"


Felipão - ele assumiu a culpa pela derrota (Foto: EFE/EPA/ANDREAS GEBERT)
Em entrevista após a goleada da Alemanha, o técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, assumiu a culpa pelo vexame. "Quem é responsável quando a equipe se apresenta? Quem é colocado como técnico? Quem é responsável pelas escolhas: sou eu. O resultado pode ser dividido porque os jogadores querem, porque dividimos as responsabilidades. Mas as escolhas, a parte tática, sou eu. O responsável sou eu. Vou ser lembrado pela pior derrota, mas era o risco. Quando assume o risco, tem que assimilar e seguir a vida". O treinador pediu desculpa aos brasileiros. "Primeiro peço desculpas pelo resultado negativo, por não chegar na final. Vamos trabalhar e honrar aquilo que é a nossa equipe, jogando pelo terceiro lugar em Brasília. Agradecer a todos, de forma categórica, e à torcida".


Apesar desse pedido de desculpas, o técnico afirmou que não tem uma dívida com o Brasil. "Eu não tenho dívida. Eu fiz meu trabalho como em qualquer lugar. Fiz o que achava correto e melhor. Tivemos uma derrota hoje, mas desde um ano e meio para cá, essa foi a primeira derrota". Sobre a possibilidade de deixar o comando da equipe, Felipão afirmou que ainda não é o momento de falar sobre a demissão. "Isso não é assunto para conversar agora. Eu tenho que trabalhar para sábado (disputa do terceiro lugar ) para fazer um bom resultado". Segundo ele, o time teve um momento de pane durante a partida.

"Foi um branco total. Tentávamos falar para organizar, para ficar um pouco, porque foi pressão que deu tudo certo e deu errado naquele momento. Não tinha o que fazer naquela oportunidade. Mudar quando está em pane não vale a pena, então esperei", disse.

Para o técnico campeão com a Seleção Brasileira em 2002, a goleada da Alemanha foi um dos piores momentos de sua carreira. "Temos que fazer a mudança do nosso comportamento, do ambiente quando voltarmos, quando for jogar o jogo de sábado. Temos que assimilar a derrota. Foi a pior derrota para o Brasil, mas aconteceu e a vida vai continuar, tem que continuar e é o melhor para a nossa vida. Provavelmente foi a pior embora tenha perdido outros jogos. Quando perde de um ou de cinco, fica a revolta por não ter feito algo e não conseguir mudar. Naturalmente, se eu for pensar na minha vida como jogador, técnico e professor de educação física, acho que foi o pior dia da minha vida, mas a vida continuar", disse.

Fonte: Época

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