Responsável por catapultar essas marcas, a goleada de 7 a 1 sofrida pela Alemanha já havia levado o time de Felipão para patamares ainda mais profundos. Foi a primeira vez que uma seleção levou cinco gols em menos de 30 minutos. O Zaire, em 1974, sofreu os mesmos cinco em meia hora, na derrota para a Iugoslávia por 9 a 0. A goleada também foi a maior da história da seleção. Nas Copas, a pior derrota havia sido para a França, em 1998, por 3 a 0, na final; nos demais jogos, o placar mais elástico havia sido imposto pelo Uruguai, em 1920: 6 x 0.
JULIO CÉSAR É O GOLEIRO MAIS VAZADO DO BRASIL
Com uma campanha tão ruim, não foi à toa que o goleiro Julio César atingiu uma marca pessoal tão desagradável quanto as da seleção brasileira. Ele passou Taffarel como o goleiro brasileiro mais vazado nos Mundiais, mesmo com uma edição a menos no currículo. Enquanto Julio tem 18 gols em 12 jogos, Taffarel levou 15 gols entre 1990 e 1998.
— Tem jogadores que entraram para a História boa da seleção, e outros para a ruim. Eu entro pelo lado ruim. Mas fiz de tudo para estar aqui. Agradeço a papai do céu pela oportunidade. Fico triste pela forma como terminou. Para um goleiro, tomar 14 gols é complicado. Mas estou tranquilo, vou dormir tranquilo. Fiz o meu máximo — disse o goleiro depois do jogo.
O camisa 12 também entrou no top 10 dos goleiros que mais sofreram gol em todos os Mundiais. Julio Céasr é o quinto da lista, atrás do mexicano Carbajal (25), do saudita Al Deayea (25), do sueco Svensson (22) e do alemão Sepp Maier (19).
— Provavelmente foi minha última Copa. Fica difícil disputar em 2018, até em termos de motivação. É complicado. Não é o momento de analisar o que deu errado. Os jogadores têm que esquecer, ir para casa, abraçar a família. Tentar extrair os lados positivo e negativo, botar na balança para convocações futuras. Agora, é pensar nos amistosos, Copa América, e na próxima Copa, porque quatro anos passam rapido — afirmou Julio César.
Fonte: O Globo
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